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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Caatinga em prosa e verso



Seu moço preste atenção
Que agora eu vou falar
Em prosa, verso e canção
Das matas do meu lugar

Mata seca, mata branca
A caatinga do sertão
Vegetação que encanta
No meio da insolação

Solo raso, pedregoso
Pouca água pra beber
Aqui é quente seu moço!
Difícil sobreviver 

As plantas perdem as folhas
Que caem secas no chão
Os animais não têm escolha
Tem pouca alimentação

Boiadeiros e vaqueiros
São os senhores dos sertões
Em meio aos umbuzeiros
São verdadeiros peões

Tem xique-xique e mulungu
Angico e mandacaru
Macambira e caroá
Baraúna e trapiá

Tem aroeira do sertão
Marmeleiro e marizeiro
Tem umburana de cheiro
E umburana de cambão

Catingueira e faveleira
Macambira e juazeiro
Craibeira e quixabeira
Quipá, jurema e pereiro                               

São plantas do meu sertão
Interior do Ceará
Sem muita valorização
Muita coisa a se estudar

O clima é seco e quente
Chove pouco e irregular
Mas quando chove minha gente!
É verde em todo lugar

E as aves que aqui gorjeiam
Gorjeiam mais do que lá
Tem soldadinho-do-araripe
Arara-azul-de-lear

São aves sobreviventes
Que cantam cantam sem parar
Na seca em meses pra frente
Mas a chuva vai chegar.

Pra não me alongar no verso
Da caatinga e do sertão
A todos aqui em peço
Essa valorização

Desse bioma querido
Que é rico em fauna e plantas
Muitas vezes esquecido
Caatinga tu me encantas!

Edivaldo Bessa

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