Seu
moço preste atenção
Que
agora eu vou falar
Em
prosa, verso e canção
Das
matas do meu lugar
Mata
seca, mata branca
A
caatinga do sertão
Vegetação
que encanta
No
meio da insolação
Solo
raso, pedregoso
Pouca
água pra beber
Aqui
é quente seu moço!
Difícil
sobreviver
As
plantas perdem as folhas
Que
caem secas no chão
Os
animais não têm escolha
Tem
pouca alimentação
Boiadeiros
e vaqueiros
São
os senhores dos sertões
Em
meio aos umbuzeiros
São
verdadeiros peões
Tem
xique-xique e mulungu
Angico
e mandacaru
Macambira
e caroá
Baraúna
e trapiá
Tem
aroeira do sertão
Marmeleiro
e marizeiro
Tem
umburana de cheiro
E
umburana de cambão
Catingueira
e faveleira
Macambira
e juazeiro
Craibeira
e quixabeira
Quipá,
jurema e pereiro
São
plantas do meu sertão
Interior
do Ceará
Sem
muita valorização
Muita
coisa a se estudar
O
clima é seco e quente
Chove
pouco e irregular
Mas
quando chove minha gente!
É
verde em todo lugar
E as
aves que aqui gorjeiam
Gorjeiam
mais do que lá
Tem soldadinho-do-araripe
Arara-azul-de-lear
São
aves sobreviventes
Que
cantam cantam sem parar
Na
seca em meses pra frente
Mas
a chuva vai chegar.
Pra
não me alongar no verso
Da
caatinga e do sertão
A
todos aqui em peço
Essa
valorização
Desse
bioma querido
Que
é rico em fauna e plantas
Muitas
vezes esquecido
Caatinga
tu me encantas!
Edivaldo Bessa
Edivaldo Bessa
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