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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

2.3 Ocupação pelo turismo

Esse tipo de ocupação ainda é recente no local estudado, pois só agora os moradores estão descobrindo o potencial do lugar para a prática turística, principalmente o turismo de sol e praia na qual iremos analisar adiante.
Grupos financiadores de empreendimentos turísticos nacional e internacional vislumbram o lugar como um grande núcleo turístico. Um exemplo é construção da pousada No Limite.
Segundo a editora de turismo do Diário do Nordeste, Edgony Bezerra, em matéria sobre o turismo em Beberibe no dia 09 de outubro de 2007, dois grupos multinacionais pretendem instalar empreendimentos turístico na Barra da Sucatinga. Afirma que “o grupo espanhol Carrys pretende instalar um complexo turístico hoteleiro na Barra da Sucatinga, com resort, vivendas e campo de golf. A área é de 300 hectares, no local das filmagens do primeiro programa ‘No Limite’, da Rede Globo, batizada de Praia dos Anjos”. Na mesma matéria Edgony Bezerra afirma também que o grupo português Oásis tem três empreendimentos para se instalar nas praias de Morro Branco, Diogo e Barra da Sucatinga.
Esses megaprojetos mostram como a ocupação pelos empreendimentos turísticos e conseqüentemente pela atividade do turismo pode chegar de forma viril ao ponto de modificar completamente o contexto local. Sobre esses externos, Coriolano e Silva (2006, pp. 146 e 147) alertam:
Uma indústria multinacional, ou um resort, quando se aloca em um pequeno lugar, ou comunidade, emprega poucas pessoas do lugar, alegando falta de capacitação, sem assumir compromisso social com o lugar, sem capacitar seus moradores para o trabalho nessa empresa, pouco contribuindo com a região e com o lugar. Muitas vezes essas empresas estão liberadas de impostos por vários anos, pois recebem subsídios dos governos locais, ficam isentas de fiscalização ambiental ou de qualquer exigência que os façam assumir responsabilidade social em contrapartida aos impactos negativos causados.
Os financiadores desses empreendimentos, muitas vezes não procuram um diálogo com a população local, subjulgando-a, não respeitam suas expectativas, anseios e necessidades.
Outra forma de ocupação que tem como ponto motivador a atividade turística tem como agentes os moradores locais, que construíram bares e barracas à beira-mar, além de pequenas pousadas. Todos esses pequenos empreendimentos são suportes internos ao desenvolvimento desta atividade, mas precisam que estejam de acordo que as premissas do desenvolvimento local sustentável.

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