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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

4. O RELAÇÃO DA BARRA DA SUCATINGA COM O PODER PÚBLICO E COM A INICIATIVA PRIVADA

Em perspectiva de uma gestão participativa dos recursos turísticos disponíveis na Barra da Sucatinga, analisaremos neste capítulo o papel e a relação do poder público e da iniciativa privada com a comunidade estudada, antes observaremos como estes dois atores podem contribuir (ou atrapalhar) o desenvolvimento local sustentável.
Em uma macroanálise da atuação do poder público e da iniciativa privada, observamos que ambos são representantes do sistema econômico vigente, o modo de produção capitalista, sendo que os empreendimentos desenvolvidos visam atender os interesses do grande capital, suplantando os interesses das comunidades locais, que muitas vezes não estão organizadas o suficiente para lutar por seus direitos como foi o caso da comunidade de Balbino, no município de Cascavel, na qual desenvolvendo uma organização comunitária forte e consciente de seus direitos, em luta judicial contra os interesses econômicos de um grupo turístico externo, conseguiu transformar a localidade e seu entorno em uma área de preservação ambiental - APA, livre quase por completo dos interesses irracionais dos empreendimentos externos.
Ressaltamos que não estamos questionando a importância do poder público e da iniciativa privada para o desenvolvimento local, estamos questionando pois, a forma que esses entes do desenvolvimento tem agido em praticamente todo o litoral cearense.
A união dos setores público e privado, além das ONG’s e da comunidade é imprescindível para a efetivação da Barra da Sucatinga como um núcleo turístico, e na perspectiva de se estabelecer um desenvolvimento sustentável local de um planejamento participativo que não se resuma a projetos centralizados é de suma importância para o sucesso do núcleo.

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